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16/12/2021

 Achei um registro das minhas confusões da tarde pré-blog. "S audades de poder prender meu cabelo pra me concentrar melhor, assim como faz Violet Boudelaire na maravilhosa coleção infantil Desventuras em Série. Eu sempre tive um fascínio por esses livros, pois eles eram muito caros para mim e só fui lê-los depois da chegada da vida adulta, mas, ainda assim, eu sei que Violet, minutos antes de bolar uma invenção que, por alguns breves momentos, salvaria sua vida e de seus irmãos, prendia seus belos cabelos. Um parágrafo. É isso que eu consigo escrever antes de começar a ficar confusa. UM. MÍSERO. PARÁGRAFO. Como as pessoas decidem se tornar escritoras? Como elas acham que escrevem bem? Como elas têm ideias parece até um palavrão. Acho que na vida toda eu nunca tive uma ideia, uma ideia narrativa, quero dizer. Não consigo desenvolver personagens, só eu mesma. Ah, isso eu consigo desenvolver perfeitamente. Talvez seja isso. E se eu começar a escrever? Tem s

2022 começou, galera

      Em quatro dias do ano eu já fiz uma loucura (meus cartões de crédito diriam que foi mais de uma, mas eles não sabem escrever em um blog). Tenho mais um dog. Provisoriamente, a princípio, mas eu já não sei como deixá-lo ir.      É isso, só queria registrar a existência de Marquinhos.

Diário

    Durante muitos anos da minha vida eu tive diários. Eram pequenos cadernos que eu preenchia com todas as informações dos meus dias nada surpreendentes, pensando que em algum momento minha vida mudaria e eu ia querer lembrar de tudo que aconteceu até que eu chegasse nesse ponto.       Porém, frente à falta de uma história digna dos livros que eu amava na época, ou seja, sem uma avó que fosse rainha de um pequeno país europeu, sem um vampiro e um lobisomem que se apaixonassem por mim e, com o terrível medo que minha mãe lesse os meus pensamentos mais íntimos, a os 13 ou 14 anos eu queimei meus diários. Depois disso, tentei mil vezes tentar voltar a escrever, já que assim poderia colocar para fora meu monólogo interno, que nunca me deixou em paz, porém, eu falei, apesar de todos os blocos bonitinhos, canetas especiais e material constante para desabafar, eu fiquei 10 anos sem conseguir me colocar para fora.      Talvez o mais perto que eu tenha chegado de exprimir as partes mais inquie